07 DE MAIO, DIA DO OFTALMOLOGISTA
A história da oftalmologia ocupa um lugar especial na evolução da
medicina em virtude das peculiaridades do órgão da visão: a importância de sua
função e o mistério de seu funcionamento fez com que, durante muito tempo,
fossem atribuídos ao olho poderes mágicos, benfazejos ou nefastos, capazes de
lançar mau-olhado ou quebranto.
Oftalmologia é a especialidade médica
à qual cabem o estudo, o diagnóstico e o tratamento das doenças e lesões do
olho e seus órgãos anexos.
Foi
um dos primeiros ramos da medicina a ser tratado como especialidade
independente.
Os
antigos egípcios já estudavam o órgão da visão, mas a oftalmologia clínica começou realmente com os
gregos.
Hipócrates
e seus alunos estudaram minuciosamente as doenças oculares. Datam dessa época
as primeiras descrições anatômicas do olho.
A oftalmologia romana foi herdeira direta da medicina
grega e, particularmente, da escola de Alexandria. Entre os árabes, teve grande
importância a obra “Dez tratados sobre o olho”, de Hunayn ibn Ishaq.
O oftalmologista se dedica não só aos aspectos
patológicos da visão, mas também à análise de sua fisiologia.
O
sistema óptico do olho pode ser equiparado, em termos físicos, a uma lente
convergente capaz de projetar imagens invertidas e reduzidas dos objetos sobre
a retina, membrana mais interna do globo ocular.
A
correta focalização de uma imagem depende do poder de refração do cristalino,
corpo transparente biconvexo que funciona como lente convergente capaz de
projetar imagens invertidas e reduzidas dos objetos sobre a retina, membrana
mais interna do globo ocular.
A
correta focalização de uma imagem depende do poder de refração do cristalino,
corpo transparente biconvexo que funciona como lente.
A
percepção da imagem é condicionada, por sua vez, à acomodação ocular,
capacidade de curvatura do cristalino.
Tal
faculdade permite fixar e focalizar sobre a retina imagens situadas a menos de
seis metros. O olho dotado de tal condição é normal, ou emétrope.
A
invenção do oftalmoscópio (1851), aparelho que serve para observar o interior
do olho, atribuída a Hermann Von Helmholtz, permitiu relacionar deficiências
visuais a estados patológicos internos.
Os
avanços ópticos obtidos pelo médico holandês Frans Cornelis Donders, em 1864,
permitiram criar o moderno sistema de prescrição e adaptação de óculos para
deficiências visuais específicas.
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Existem muitas alterações, ou ametropias, que não se consideram como doenças oftálmicas porque dispensam tratamento clínico e são passíveis de correção óptica.
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Existem muitas alterações, ou ametropias, que não se consideram como doenças oftálmicas porque dispensam tratamento clínico e são passíveis de correção óptica.
No
olho amétrope, a imagem de um objeto se forma não exatamente no plano da
retina, mas antes dele, o que caracteriza a miopia; ou depois, caso da
hipermetropia.
Os
dois estados correspondem, respectivamente, à dificuldade de percepção visual
de objetos situados a longas e a curtas distâncias.
A
variante da hipermetropia chamada presbiopia, conhecida popularmente como vista
cansada, se manifesta na maturidade em decorrência da redução do poder de
acomodação ocular, por causa do enfraquecimento do músculo ciliar e da pouca
elasticidade do cristalino.
Outro
distúrbio oftálmico comum é o astigmatismo, causado por variações no raio da
curvatura dos meridianos de alguma das membranas oculares e, mais frequentemente,
da córnea.
Por
essa razão, o astigmata enxerga imagens fora de foco e, principalmente, linhas
nítidas apenas na direção de um dos meridianos.
Entre
as discromatopsias, ou dificuldades para o discernimento de cores, figura
especialmente o daltonismo, variedade de distúrbio óptico caracterizado por
cegueira total ou parcial para algumas cores, como o vermelho e o verde.
Fonte: Encyclopedia Britannica do Brasil
Oftalmologia. Quer dizer
literalmente ciência do olho. Oftalmologista é, portanto, o médico que cuida
dos olhos. Sujeito importante esse. Dia 7 de maio é o Dia do Oftalmologista,
uma comemoração recente considerando que a história do tratamento dos olhos se
perde no tempo.
É
uma boa lembrança de que exames periódicos podem evitar até 70% dos casos de
cegueira e que a correção de pequenas perdas visuais pode evitar muitos e
graves problemas no futuro.
O
oftalmologista é tão importante quanto os olhos propriamente ditos. Repare que
ao iniciar uma frase com um "veja bem", você equipara o ato de ver à
compreensão.
Ou
que, ao dizer que alguém é uma "pessoa de visão", comparamos esse
sentido humano ao descortino e à inteligência. Que dizer do
"mau-olhado"? E do "ser bem visto"? Se os olhos são as
"janelas da alma", como se diz, o olhar é a derradeira e
irretorquível comprovação, "ninguém me contou, eu vi". Chega a ser
fecho de vaticínio: quem viver, verá.
Enxergar
bem foi fator decisivo para a sobrevivência durante a maior parte da história
humana. Não é de estranhar que detectar, entender e tratar doenças nos olhos
sejam atividades bem antigas.
Os
registros remontam há 1.600 anos antes de Cristo, no Antigo Egito, a 600 a.C.
na Índia, e ao cirurgião Sushruta, que teria sido o primeiro médico a fazer uma
cirurgia de catarata. Também na Grécia Clássica, passando por Alexandria e
depois por Roma, o tratamento dos olhos sempre foi tarefa importante.
A
oftalmologia é considerada a primeira das especialidades médicas. Hoje, está
dividida em muitas subespecialidades.
Claro
que somente a partir do século 17, com o desvendamento das leis da ótica,
acelerou-se o conhecimento — e, atualmente, transcorridos pouco mais de 400
anos, até o modo como cérebro processa as imagens que os olhos recebem, a
última barreira do mistério, começa a cair e já não está tão distante o dia em
que teremos implantes bio-eletrônicos capazes de simular a visão.
Uma
visão perfeita, entretanto, não é coisa que se resolve em apenas 400 anos.
Afinal, a natureza levou bilhões de anos para desenvolvê-la. Vai demorar um
pouquinho mais.
À
frente desse avanço fenomenal estão os oftalmologistas. Seja na pesquisa ou no
tratamento, é incalculável o número de pessoas que se beneficiaram de seus
conhecimentos ao longo de tanto tempo. Do revolucionário monóculo, que salvou
biografias e - por que não? — vidas, até a queixa de que "eu não nasci de
óculos", foi um longo tempo.
Da
lente de contato às cirurgias corretivas a laser nem tanto. Por quanto tempo
ainda haverá problemas irreversíveis?
Para
muitos, ter o diagnóstico de um problema de vista é mais preocupante que
doenças muito mais letais. Ser privado de visão pode ter um efeito devastador
sobre o psiquismo, bem como efeitos econômicos e sociais. A manutenção da saúde
ocular e a correção de problemas visuais contribuem fortemente para a
capacidade de apreciar a vida e de tê-la mais longa e produtiva.
Dada
a importância da visão para a qualidade de vida, os oftalmologistas consideram
o seu trabalho recompensador, pois muitas vezes são capazes de restaurar ou
melhorar a visão do paciente.
Fonte: www.jornaldaorla.com.br
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