22 de Maio
O apicultor é
quem cria abelhas, e especialmente a espécie Apis
melifera L. que é conhecida como abelha doméstica produtora
de mel e cera.
O mel foi a primeira substância adoçante da
Antigüidade, já era utilizado pelos Sumérios desde 5.000 a.C.
A apicultura é a criação de abelhas melíferas
(produtoras de mel) e de acordo com alguns documentos de vários historiadores,
a apicultura remonta ao ano de 2.400 a.C., no antigo Egito.
A exploração dessa atividade sempre foi feita de
maneira muito rudimentar, anti-econômica, obtendo-se o mel e a cera em poucas
quantidades, não interessando o interior dos enxames, que eram quase totalmente
destruídos no momento da colheita do mel.
Com o sistema de caixilhos removíveis, feitos de
madeira e onde as abelhas constroem os favos, o agricultor pode acompanhar o
trabalho das abelhas e protegê-las contra doenças ou inimigos.
Existem outros acessórios que facilitam o trabalho
dos apicultores, como véu de proteção para o rosto, luvas de couro, fumegador
(intrumento utilizado para fazer fumaça) para acalmar as abelhas, trincha para
retirar os insetos que se mantém presos aos favos, rede eliminadora para a
saída das abelhas da colméia impedindo o seu retorno, recipientes para filtrar
e conservar o mel, caixilhos de reserva, xarope para reforçar a alimentação das
abelhas nos períodos de escassez e a centrifugadora radial de mel que ajuda na
retirada do mel dos favos e propicia um aumento na quantidade do produto.
A apicultura tem
alguns objetivos principais: produção de mel, de geléia real, de cera, de
rainhas novas para as colméias, de própolis.
As abelhas são insetos sociais altamente
organizados, que se destacam, de rainhas novas para as colméias, de própolis.
As abelhas são
insetos sociais altamente organizados, que se destacam pela importância de seus
produtos e pela polinização de culturas. As abelhas melíferas organizam-se em
três classes principais: as operárias (providenciam a alimentação), a rainha
(põe ovos) e o zangão (acasala com a rainha). Algumas colméias chegam a ter 110
mil abelhas, sendo uma rainha, alguns zangões (cerca de 150) e a grande maioria
são abelhas operárias.
O mel, produzido pelas operárias, é uma substância
orgânica rica em ácidos, sais minerais, vitaminas, enzimas, proteínas,
aminoácidos e hormônios. O mel é muito utilizado na alimentação humana, em
cosméticos e como remédio. Ele é cicatrizante e antibiótico natural.
Entretanto, o própolis e até o veneno da abelha também tem seu valor. O veneno
da abelha é utilizado como antiinflamatório (no tratamento de artrites e
reumatismos) e o própolis é muito utilizado também como antinflamatório e como
aromatizante bucal.
Entre as excelentes propriedades dos produtos
apícolas, surgiu a Apiterapia. A apiterapia é a ciência da cura das
enfermidades com produtos apícolas, embora tendo uma denominação nova, é uma
medicina antiga e tradicional usada por muitos povos.
Dia do Apicultor
Também conhecido como "abelheiro" ou
"colmeeiro", o apicultor cria abelhas por hobby ou para comercializar
os produtos que são extraídos da colméia como mel, cera, própolis e geléia
real.
A apicultura visa à criação das melhores abelhas para
que forneçam os melhores produtos em curto espaço de tempo. Constitui uma das
atividades mais lucrativas da pecuária, principalmente pelo clima brasileiro
ser favorável ao cultivo. Ouro fator favorável é a extensa flora brasileira com
inúmeras plantas nectaríferas e poliníferas.
HÁ MILHÕES DE ANOS
As abelhas existem há pelo menos 42 milhões de anos
e há registros que situam o aparecimento da apicultura em 2.400 a.C. no Antigo
Egito. Entretanto, pesquisadores localizaram colméias de barro de 3.400 a.C. na
Ilha de Creta.
Padre Antônio Carneiro trouxe as primeiras colméias
para o Brasil no século XIX. O objetivo era o de utilizar a cera na produção de
velas. E as abelhas africanas forma trazidas em 1956 para aumentar a
produtividade de mel das colméias que aqui existiam.
APICULTURA NO BRASIL
No Brasil, se criam abelhas há bastante tempo, mas
o desenvolvimento dessa atividade só ocorreu a partir de 1955, quando se
realizou em São Paulo a 1ª Semana de Apicultura e Genética de Abelhas.
Com a vinda das abelhas africanas para o Brasil em
1956, os apicultores perderam apiários devido à ferocidade com que elas
atacavam outras espécies e as transformavam em espécies agressivas.
Hoje em dia, o cenário se modificou graças à
introdução de técnicas para o correto manejo dos apiários. Outro fator foi a
ampliação do mercado apicultor, proporcionada pela crescente demanda por
produtos naturais e saudáveis como o mel e seus derivados.
COLMÉIA OU APIÁRIO
O apiário é habitat das abelhas, construído pelo
homem. É formado por colméias isoladas que provocam o confinamento de abelhas.
Deve ser instalado em local seco, claro, de fácil acesso e distante de pessoas
e animais.
Fatores do meio ambiente como temperatura, umidade,
chuvas, florações, vento e presença de pássaros predadores e insetos interferem
na produção do apiário, além do correto manejo das abelhas por parte do
apicultor. Sendo assim, deve-se ficar atento à escolha do local para
instalação, bem como à experiência do apicultor.
Diferente do apiário, a colméia é construída pelas
próprias abelhas. Porém, o homem também pode construí-la. Existem colméias de
diversos tipos e materiais. As mais simples são feitas de cascas de árvore e
barro, mas tem também as de madeira e as até de plástico.
INSETOS SOCIAIS
As abelhas são consideradas "insetos
sociais" devido ao elevado grau de desenvolvimento social atingido.
Agrupam-se em comunidades ou enxames onde existe uma organizada distribuição de
tarefas.
Cada família de abelhas possui uma única rainha,
que tem como função a reprodução da espécie. Poucos dias após seu nascimento é
fecundada por vários zangões no chamado "vôo nupcial".
Como é a única abelha fêmea fecundada, cabe à
rainha colocar todos os ovos necessários à continuidade da família, mantendo a
organização e coesão do enxame.
As abelhas operárias providenciam a substituição da
rainha quando sua fertilidade, geralmente após 3 ou 4 anos de vida.
Os zangões são abelhas macho, mais largos e mais
fortes que as operárias. Não possuem ferrão e não coletam polén ou néctar. Sua
função é fecundar a rainha, vindo a morrer após o ato.
Já as abelhas operárias são as fêmeas não
fecundadas, menores que a rainha e que os zangões. São responsáveis pela
construção, ventilação, limpeza e defesa da colméia, além da alimentação da
rainha, cuidado com ovos e crias, coleta de pólen, néctar e água, e produção de
mel, geléia real e própolis. Possuem veneno, ferrão e vivem entre 28 e 50 dias.
Veja agora alguns produtos que podem ser extraídos
da colméia graças ao trabalho incansável das abelhas operárias:
Mel
O mel é produzido a partir do néctar que as abelhas
armazenam nos favos. Para ser extraído, é preciso que os favos estejam maduros.
É composto de água, glicose, sacarose e alguns minerais.
Néctar
É um líquido doce e rico em açúcar, colhido pelas
abelhas para fazer o mel. Foi empregado pelos gregos para preparar a ambrosia,
bebida feita a partir da mistura de vinho, água e mel.
Cera
Para produzir meio quilo de cera, as abelhas
precisam consumir entre 3 e 5 quilos de mel.
Geléia Real
É produzido pelas abelhas para alimentação das
crias e da rainha. Contém hormônios, vitaminas, aminoácidos, enzimas, lipídios
e outras substâncias que agem sobre o processo de regeneração celular. A geléia
real é oferecida como alimento para todas as larvas jovens da colméia, durante
3 dias, e, para a rainha, durante toda sua vida.
Própolis
O própolis é produzido a partir de resinas e
bálsamos coletados das plantas e modificado pelas abelhas operárias através de
secreções próprias.
Por sua eficácia terapêutica, é indicado para
gripes, resfriados, dores de garganta, problemas de mau hálito, aftas e
gengivites, bem como para fortificar o organismo. Também pode ser usado como
cicatrizante em feridas, cortes, micoses, espinhas, verrugas e frieiras.
NA FACULDADE
A apicultura é uma disciplina do curso superior em
Zootecnia, profissional responsável por zelar pela criação de determinados
animais como bois, porcos e galinhas. Para saber as faculdades que oferecem
curso superior em Zootecnia, visite o site do guia do estudante.
Com 4 anos e meio de duração, o curso dispõe de
disciplinas básicas como biologia, genética, química, zoologia, fisiologia e
técnicas de rebanho. Como complementares estão matemática, controle de
qualidade e administração.
Fonte: www.ibge.br
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