Comemoramos hoje o dia da industria
A indústria é um espaço de produção. Entre os setores da economia,
representa o setor secundário - o primário corresponde à agricultura e o
terciário, ao comércio e aos serviços.
É difícil
definir um termo usado tão amplamente em nossa sociedade: fala-se da indústria
agrícola, quando nos referimos ainda ao setor primário, e ainda outras acepções
mais figuradas, que se referem a algo produzido em larga escala - afinal, esta
é a contribuição da indústria na nossa história. Deste modo, fala-se da
indústria do crime e da indústria da fome, quando o assunto são os produtos
destas condições. E tem ainda a indústria cultural - já ouviu falar dela?
Refere-se à reprodução em massa de produtos culturais, possibilitada pelos
meios de comunicação. Mas isto é uma outra história, bem interessante por
sinal. Vamos ficar, por enquanto, com as indústrias no sentido literal. São
estas as comemoradas no Brasil hoje!
As indústrias podem ser de vários tipos. A
denominação mais comum é a de indústria manufatora,
que modifica os produtos naturais através de trabalho manufatureiro ou
mecânico. As indústrias de base, por sua
vez, são aquelas que servem de base a outras indústrias, fornecendo
matéria-prima e máquinas. Já as indústrias de ponta são responsáveis pela
montagem final de um conjunto de peças provenientes de outras indústrias.
Alguns setores da produção industrial são
voltados para a extração de produtos da terra
ou do mar: são as indústrias extrativas. Aqueles voltados para a exploração das
jazidas, minas, pedreiras, afloramentos fazem parte da indústria mineral.
Quando se explora o campo e outros produtos da terra, fala-se então da
indústria vegetal.
INDÚSTRIA BRASILEIRA
A história das indústrias brasileiras é bastante
recente quando comparada à de outros países, principalmente os que viveram a
Revolução Industrial no século XIX. Por isto, a maior parte das realizações
industriais do nosso país se referem a instalação, manutenção, consolidação e
integração do parque industrial.
Só
recentemente, na década de 90, que o Brasil começou a adotar uma política de
competitividade. A produção de petróleo, por exemplo, praticamente triplicou em
1994, impulsionada pela crise de petróleo da década de 70. Também na década de
90 a indústria automotiva foi modernizada e cresceu significativamente. Entre
1990 e 1997, o Brasil passou a ocupar oitavo lugar na classificação mundial de
produção de automóveis - antes era o décimo colocado.
A indústria aeronáutica demorou para 'decolar'
no Brasil. Somente há cerca de 20 anos é que a produção de aeronaves brasileira
ganhou força, mas valeu a pena: hoje, a Embraer é a quarta maior empresa
produtora de jatos regionais do mundo; a indústria aeronáutica brasileira é a
sexta maior do mundo. O "Tucano", avião militar, é usado em mais de
14 Forças Aéreas no mundo, por exemplo.
Até mesmo
no espaço há a marca da indústria brasileira. Em parceria com a Agência
Espacial Brasileira (AEB) e com o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE),
foram desenvolvidos programas de construção de satélites, inclusive com a
colaboração da Nasa. O CBERS, por exemplo, foi o primeiro satélite de
sensoriamento remoto brasileiro, produzido junto com a China e lançado em
outubro de 1999.
A
indústria de informática, principalmente de hardware, não pára de crescer,
gerando grandes receitas para o país e diminuindo a necessidade de importações.
Os estados de São Paulo e do Amazonas são os principais representantes. O
primeiro é responsável pela maior parte da tecnologia de informação de que
dispomos no Brasil.
UM PROGRAMA LEGAL PARA O MEIO AMBIENTE
Que as indústrias são responsáveis por grande parte da poluição do planeta não há dúvidas. Porém, muitas
já estão tomando providências para racionalizar o uso de matérias-primas, água
e energia e também reduzir o impacto ambiental causado pela emissão de gases e
resíduos.
Um
exemplo é o programa do Núcleo de Produção Mais Limpa, uma parceria entre a
Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a Secretaria do Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Rio de Janeiro, a
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o Sebrae/RJ e o Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. O Núcleo promove
informação (através de seminários, workshops, periódicos), treinamento e
capacitação de profissionais e prestação de serviços para implementação de
técnicas de produção mais limpa nos processos produtivos.
E não é
só o meio ambiente que sai ganhando: a técnica de produção implementada pelo
Núcleo reduz o consumo de energia em 25% e o de água em 30%, o que reduz também
os custos.
Este é
apenas um exemplo do que pode ser feito em uma indústria para colaborar com o
meio ambiente. Você também pode tentar descobrir, nas indústrias perto de você,
o que está sendo feito em outras cidades e estados.
Fonte:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
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